Missões no Ano Sacerdotal

18-10-2009 12:10

 

 

Missões no Ano Sacerdotal

 

Em 2009/2010 a Igreja comemora o Ano Sacerdotal, convocado por Bento XVI, a fim de que sacerdotes e todo o Povo de Deus saibam valorizar mais esta santa vocação, presente de Deus para a Igreja e o mundo. Assim como os sacerdotes, sejam eles diocesanos ou religiosos, se devem entregar à Evangelização e à causa cristã, também os “missionários leigos” são essenciais na Igreja.

Hoje, dia 18, a Igreja comemora o Dia das Missões. O mês de Outubro reveste-se desta característica especial: que todos nós, cristãos, rezemos (e muito) pelos nossos padres, para que o espírito sacerdotal-missionário preencha o nosso coração, a fim de que, de facto, sejamos capazes de “deixar tudo e seguir Jesus”, onde quer que Ele nos mande através da Igreja. Lá nos espera Jesus, para que O apresentemos ao mundo, através da missão evangelizadora.

Ser missionário não é privilégio de determinadas pessoas, mas uma essência cristã: “Anunciar o evangelho é necessidade que se me impõe”. (I Coríntios 9:16). É um compromisso de toda a comunidade que vive e transmite a sua fé. “Nenhuma comunidade cristã é fiel à sua vocação se não é missionária”.

Ser missionário não é só percorrer grandes distâncias, ir para outros continentes, mas é a difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, ir ao encontro do “diferente”, ir ao encontro do marginalizado - o preferido de Jesus. O evangelismo “com renovado ardor missionário” exige que a pregação do evangelho responda aos “novos anseios do povo”.

Exige de mim, de ti, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e comunitária para responder aos desafios de hoje. É a missão de fidelidade ao “envio” de Jesus: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20:21). Sem entusiasmo e esta convicção, arriscaremos perder a alegria do anúncio da boa-nova libertadora.

Como consequência deste assumir o “compromisso missionário”, nasce novo estilo de missões: não levar, mas descobrir. Não só dar, mas receber. Não conquistar, mas partilhar e buscar juntos. Não ser mestre, mas aprendiz da verdade. A missão permite-nos criar novos laços, novas relações, um novo jeito de olhar a vida, um novo jeito de “ser igreja”.

E aí vai o desafio: como posso eu ser missionário junto da família, no trabalho e na comunidade em que vivo? Assumo o compromisso de cristão, vivendo e transmitindo a boa-nova da paz, da justiça, do amor, do perdão, da fraternidade, do acolhimento? Ser missionário é fazer uma decisão radical de entrega total ao reino de Deus em prol da promoção humana.

Neste ano sacerdotal, ser missionário é partilhar, com os nossos párocos, a esperança no amor fraterno, na solidariedade, na evangelização.

Aldo Aveiro

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