DIA DA MÃE – história e significado

27-04-2009 17:47

“Filhos queridos, o que vos peço é a conversão sincera, a conversão do coração. Se vocês tivessem consciência do que é a plenitude Divina, entenderiam que o que Eu vos peço é pouco, muito pouco. A escolha é vossa, mas Eu vos imploro: Voltai ao vosso Deus enquanto é tempo. Felizes aqueles que creram sem ter visto. Eu vos abençôo a todos”(Nossa Senhora, nossa Mãe).

A celebração do Dia da Mãe é antiquíssima. Há historiadores que datam e relacionam as comemorações do Dia da Mãe às mais antigas festividades decorrentes na Grécia antiga, aquando da Festa da Primavera, na qual se honrava a Mãe dos Deuses - Rhea. Na mitologia grega, Rhea foi a mãe de Zeus e irmã de Kronos, considerada como uma das mais influentes deusas em Creta, Arcadia e Phrygia. Assim como a deusa Gaia, Rhea seria também considerada a mãe de todos os Deuses.

Em Roma, a Mãe era celebrada em honra de Cybele, a mãe dos deuses romanos, mesmo antes do nascimento de Cristo. No século XVII, a Inglaterra popularizou o “Domingo da Mãe” nos dias que antecediam o Domingo de Páscoa, como homenagem a todas as mães de Inglaterra, sendo mesmo concedido um dia de folga para que se celebrasse este dia na sua plenitude.

O Cristianismo instituiu a festa da “Igreja Mãe”, verdadeira força espiritual capaz de proteger os homens de todos os males, transformando-se, esta festa da Igreja, na celebração do “Domingo da Mãe”. No continente Americano, mais concretamente nos Estados Unidos, as comemorações do Dia da Mãe foram alvitradas, pela primeira vez, por Julia Ward Howe, no ano de 1872, um dia cujo significado fora assumidamente associado a um dia de Paz contra o flagelo da Guerra Civil.

Porém, o verdadeiro Dia da Mãe é comummente associado a Anna Jarvis: aos 41 anos de idade, Jarvis perdeu a sua mãe, e com sua irmã Elisinore, sentiram a sua grande e irremediável perda levando-as a reflectir sobre o facto de não existirem demonstrações concretas de apreço para com as mães. Anna Jarvis decidiu fazer algo, na esperança de que a celebração de um dia dedicado à Mãe iria estimular a estima e consideração dos filhos para com os seus pais, para além de incentivar os laços familiares.

Foi em 1907 que Anna intentou o esforço necessário para instituir o Dia da Mãe. Com a ajuda de amigos, empreendeu uma campanha por correio, com vista a obter apoio de congressistas, políticos influentes e personalidades da sociedade norte-americana, com o objectivo de ser oficialmente declarada uma data comemorativa do Dia da Mãe.

Porém os seus esforços foram gorados. Mas, a 10 de Maio de 1908, pela primeira vez, numa cerimónia religiosa, Anna Jarvis honrou sua Mãe. Nessa ocasião, Anna Jarvis disponibilizou na igreja 500 cravos brancos, que deviam ser usados por todos, e que simbolizavam as virtudes da maternidade. Ao longo dos anos, Jarvis enviou mais de dez mil cravos, todos os anos, para a igreja de Grafton - encarnados para as mães ainda vivas e brancos para as já desaparecidas -, flores que ainda hoje são mundialmente consideradas como sendo símbolos de pureza, força e resistência das mães.

De acordo com a própria Anna Jarvis, esse dia deveria ter como objectivo tomar novas medidas para um pensamento mais activo sobre as mães, e através de palavras, presentes, actos de afecto e de todas as maneiras possíveis, proporcionar-lhes prazer e trazer felicidade ao seu coração todos os dias, mantendo sempre na lembrança o Dia da Mãe.

A primeira proclamação do Dia da Mãe deu-se três anos depois, em 1910, instituída pelo Governador do Estado da Virgínia, Estados Unidos. Um ano depois, o Dia da Mãe foi a pouco e pouco sendo comemorado em todas as partes do mundo, desde o México, Canadá, Japão, no Continente Africano e na América do Sul. Em Dezembro de 1912 foi criada a Associação do Dia Internacional da Mãe com vista à promoção generalizada desta efeméride tão especial em todo o mundo.

“A ideia de mãe desperta em nós a mais profunda afeição. É o primeiro pensamento gravado nos nossos corações de criança, quando ainda doce e capaz de receber as mais profundas impressões. Os sentimentos vindouros são mais ou menos frágeis em comparação com este; nem sei se, mesmo na velhice, não olhamos para trás, para esse sentimento, como o mais doce que conhecemos na vida”. Assim descreveu Charles Dickens a sua ideia de Mãe.

As comemorações do Dia das Mães, conhecidas no Mundo: são: 2º domingo de Fevereiro – Noruega; 1º domingo de Maio – África do Sul, Portugal; 2º domingo de Maio – Estados Unidos, Brasil, Dinamarca, Finlândia, Japão, Turquia, Itália, Austrália e Bélgica; 10 de Maio – México; 4º domingo da Quaresma – Inglaterra; Último domingo de Maio – Suécia; 2º domingo de Outubro – Argentina; 8 de Dezembro – Espanha e 2 semanas antes do Natal – Jugoslávia.

 

Já foi a 8 de Dezembro mas actualmente celebra-se no 1.º domingo de Maio

 

Em Portugal, o Dia da Mãe foi comemorado, em tempos idos, no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, a Padroeira de Portugal e dia de Nossa Senhora como Mãe. Também o dia 13 de Maio é ainda hoje associado às comemorações da Mãe. Porém, actualmente foram instituídas as comemorações do Dia da Mãe, no primeiro domingo do mês de Maio em homenagem a Maria, Mãe de Cristo, e a todas as Mães.

No domingo dia 3 de Maio, como por todo o país, a comunidade cristã da Carapinheira comemora o “Dia da Mãe”, em que, principalmente, as dezenas de crianças da catequese homenageam a “Mãe de Deus” e nossa Mãe e todas as mães presentes e já ausentes. As cerimónias decorrem durante a celebração da Eucaristia, com diferentes momentos de particular significado. A recitação do Credo pelas crianças, a dádiva de cravos e rosas a Nossa Senhora e a entrega também de uma rosa às mães presentes serão momentos que marcam as comemorações do Dia da Mãe, numa igreja que receberá grande número de paroquianos, e em que o celebrante tecerá diversas considerações à efeméride, nos diferentes momentos litúrgicos.

A nossa mãe é o “objecto” do nosso maior afecto, embora o tenhamos também, talvez um pouco diferente, ao nosso pai, bem como aos nossos irmãos: vivemos todos sob o mesmo tecto se tomamos as refeições que nos dão energias e nos fazem crescer, à mesma mesa. Quase somos todos “um só”, protegidos pela “Mãe”.

A nossa mãe ofereceu-nos o seu ventre, como a nossa primeira habitação, durante nove meses! A todos nos deram os primeiros alimentos; à maior parte de nós, alimentaram-nos com o leite do seu próprio corpo. Quantas vezes, sem darmos conta, com o nosso carinho inocente afagámos os seios/cheios e saboreámos o seu especial perfume!

Os seus braços, às vezes cansados, e o seu colo, foram o nosso primeiro assento, nos primeiros tempos da nossa existência. Quantas vezes, para não cairmos ou fugirmos a algum perigo, nos abrigámos ao redor da sua saia! Quantas vezes, pelos mesmos motivos, como ao melhor leme, nós chamamos por ela: Mãe?!..

Depois, pela vida fora, ela foi o grande e visível “nosso anjo da guarda”! Quantas vezes, as coisas não correram tão bem, por não seguirmos os seus conselhos! Lembremo-los... É este “ente celestial” que hoje e sempre nós queremos homenagear e recordar, quer ela ainda nos faça companhia, quer esteja a rogar a Deus por nós.

A realidade da vida das nossas mães deveria, naturalmente, ser sempre assim. Mas, por infelicidade, para elas e para nós, nem sempre assim aconteceu.

Por um lado, nem sempre foram preparadas/educadas devidamente para esta missão/função ou foram vítimas de percalços de vária ordem. Por outro lado, infelizmente, nós nem sempre tenhamos sido aqueles filhos que, em princípio, deveríamos ser, e sofremos nós e elas. Se for possível, retomemos este amor. Por que não o tentar já?!

Como sabemos, queridas mães (e filhos), o nosso mundo está muito brutal e, no caso concreto, muitas mães consideradas, de algum modo e em designação comum, como santas, têm sido sempre, em toda a história humana, e mais no nosso tempo, vítimas dos maiores defraudamentos dos Direitos Humanos, em todos os países, desde ao menos aos mais desenvolvidos! Umas, são vítimas de guerras e guerrilhas, de fome mortal e de doenças endémicas, às quais ninguém escapa. Em muitos casos, já grávidas, portanto, vítimas de morte dupla! Alguma vez, na nossa História, alguém já terá pensado nesta barbárie?! Que fazemos? Cruzar os braços? Hoje é o dia indicado para mudarmos de atitudes e comportamentos para com a “Mãe”.

Paz, solidariedade e amor às mães desta comunidade, às mães de Portugal, às mães do mundo inteiro!

 

Oração pela Mãe

 

Pai, tu, sendo Deus, quiseste mostrar

entre nós tua face materna...

Por isso criaste todas as mães!

Peço-te por minha mãe,

sinal concreto e visível de teu amor entre nós.

Multiplicai os seus dias

em nosso meio!

 

Acompanha-a em todo riso

e em toda lágrima,

todo trabalho e toda prece,

todo dia e toda noite!

 

Que tua bênção cubra de luz

a vida de minha mãe para que,

inundada de ti, ela seja sempre mais

Presença do divino em minha vida. Amém!

AA

 

 

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