Carapinheira: Grupo Folclórico promove fim-de-semana cultural

29-06-2009 18:53

 

Carapinheira: Grupo Folclórico promove fim-de-semana cultural

Potenciar o folclore e a etnografia e agraciar fundadores e antigos componentes é a razão primeira do 8.º Festifolca.

O 8.º Festifolca - Festival de Folclore da Carapinheira - realiza-se dias 4 e 5 de Julho, no Pavilhão Multiusos, da Carapinheira. Com dois momentos distintos, o evento começa sábado, pelas 22h00, com o mote “Na véspera…”, apresentando o livro “Grupo Folclórico da Carapinheira – 35 anos em prol da cultura popular” e actuação do grupo de dança “afriklave”, da Orquestra Ligeira da Associação Cultural da Carapinheira, das Marchas Populares de Antanhol, de São Silvestre e da Carapinheira e um baile popular animado pelo Duo Musical “D’Arpa e Dança”.

Domingo, o tema “No dia…”, inicia-se pelas 15h00, com a celebração de uma missa comemorativa do 35.º aniversário; 16h00, homenagem a todos os ex-elementos (e que já foram cerca de duas centenas), com distribuição de lembranças aos que se encontrarem presentes; 16h30, cerimónia protocolar e festival de folclore com actuação do Grupo Folclórico da Carapinheira (GFC), Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Região de Sesimbra, Grupo Folclórico de São Pedro de Cête - Paredes, Grupo Folclórico de Vila Franca do Rosário - Mafra, Rancho Folclórico Rosas de Coja -Arganil e Rancho Folclórico de Picassinos - Marinha Grande.

Em declarações ao "Site da Paróquia", Vítor Travassos, presidente da colectividade, reconheceu que “ao longo dos anos, o grupo tem-se pautado por uma actividade intensa e irrepreensível na divulgação da cultura popular”, afirmando, a propósito, que “mesmo à espera de ser membro da Federação do Folclore Português, o Grupo Folclórico da Carapinheira é um baluarte do folclore na região e no país”. O folclorista, evidenciando satisfação, expressou “um reconhecimento aos fundadores do grupo e a todos os elementos que já fizeram parte do grupo, pois foram eles que deram alma e entusiasmo a este movimento associativo”. Afirmou ainda que “o grupo mantém uma inexcedível vontade de continuar a ser o fiel repositor dos valores culturais da Carapinheira e região”, referindo que “os actuais componentes têm mostrado a maior dedicação à colectividade, demonstrando, assim, que pretendem dignificar e perpetuar o grupo”.

O Grupo Folclórico da Carapinheira “é a continuação espontânea do Rancho “Papoilas do Mondego”, criado em 1965, e do Rancho Folclórico da Carapinheira que apenas “viveu” entre 1966 1967. Foi, em Maio de 1974, que alguns jovens do então Grupo Cénico da Carapinheira, um pouco desencantados com o envolvimento em que se encontravam a trabalhar e porque os seus sonhos os transportava para outros horizontes, aproveitando a onda do PREC e tudo o que com ele se conseguiu, resolveram congregar uma série de boas vontades, especialmente outros jovens que aspiravam a algo mais do que o que lhes era oferecido e resolveram “refundar” o Rancho Folclórico da Carapinheira (RFC). “Depois de conseguirem a disponibilidade de um ensaiador, de instrumentistas, de dançarinos e dançarinas e de arranjaram espaço para ensaios, fizeram a sua primeira apresentação em público logo no mês de Agosto”, afirmou o dirigente”, para frisar que “dessa data até hoje passaram já três décadas e meia e, por isso, muitos foram aqueles e aquelas que, em diversas situações, integraram o Grupo Folclórico da Carapinheira”.

De referir que entre 1930 e 1932, existiu um Rancho Infantil, que voltaria à ribalta, por volta de 1982, pela mão da Associação Cultural e Recreativa da Carapinheira, mas também de existência efémera.

O Grupo Folclórico da Carapinheira orgulha-se de ser um digno embaixador da cultura popular do concelho de Montemor-o-Velho e da região do Baixo Mondego. Notáveis manifestações culturais e pedagógicas, marcam o trabalho que este grupo tem desenvolvido na autêntica promoção do folclore e da etnografia, nomeadamente através da reposição de tradições e costumes e os festivais de folclore, que ilustram a sua significativa actividade.

Pautando a sua actividade na recolha, preservação e divulgação da cultura popular, o Grupo Folclórico da Carapinheira promove também a formação de jovens, nomeadamente a nível de dança e música, no intuito de manter a qualidade e a quantidade de elementos. Os seus trajes, ricos e variados, reflectem diferentes aspectos da sociedade local, na segunda metade do séc. XIX, salientando-se os trajes de lavradores ricos, senhores, noivos, ver-a-Deus, domingueiros, romaria, feira, capataz, valador, monda, ceifa, pastor, etc - mas também nos cantares e danças que executa – de roda, de romaria, vira e outras ligadas ao trabalho e aos campos. AA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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