Caim, o último livro de Saramago

21-10-2009 21:26

 

Caim, o último livro de Saramago

 

Caim é o mais recente livro do Prémio Nobel de Literatura, José Saramago. Trata-se de um livro engenhoso e bem-humorado, questionador de Deus e das decisões, por Ele tomadas.

É um livro “dedicado” aos profanos, irreverentes, agnósticos, anárquicos e descrentes, de um homem que afirma que “ter fé e acreditar na Bíblia, é entrar na ‘infinita dimensão da estupidez humana’, capaz de acreditar em fábulas”...

O Nobel, no lançamento de “Caim”, disse que “a Bíblia não é um livro para se deixar nas mãos de inocentes, pois só narra maus conselhos, assassinatos e incestos; a Bíblia é livro dos maus costumes”.

Para os bispos portugueses, “um escritor da grandeza de José Saramago, deveria tomar um caminho mais sério e lúcido. Pode-se fazer crítica, mas entrar num género, a ponto de ofender os que professam a sua fé, não fica bem para ninguém e muito menos para o Prémio Nobel de Literatura”.

Para o Rabino Eliezer di Martino, a viver em Portugal, “trata-se de leituras superficiais das narrativas da Bíblia”, adiantando que “continuamos a existir e acreditar naquele livro, a Bíblia, desde há milhares de anos, embora tenhamos ataques e perseguições, precisamente porque acreditamos”. “Vamos continuar na nossa fé sem ter a mínima dúvida daquilo que vai ser o nosso caminho, apesar do livro do Senhor José Saramago e daqueles que pensam de outro modo, como ele”, anotou.

Não vamos perder tempo e nem dar importância à polémica, resultante deste livro, esse sim, insípido e deselegante, que deveria respeitar as pessoas que têm fé e pensam diferente dele e ao mesmo tempo, com a consciência de que Caim é uma história marcada por uma rica simbologia e profundamente humana. AA

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